Como tornar-se amigo do tempo

Quando se trata de construir uma solução de aprendizagem o tic tac do relógio parece uma bomba prestes a explodir nas mãos dos designers instrucionais. Afinal, a tarefa alcança um alto nível de complexidade ao ser exercida em uma realidade onde há a necessidade de produzir em grande escala diante de um tempo escasso, ausência de  especificidade dos objetivos instrucionais e briefings que nem sempre estão completos.

Neste contexto, o Panorama de Treinamento no Brasil 2019 identificou que a satisfação das empresas sobre o segmento de desenvolvimento de competências é de apenas 15%. Já a quantidade de projetos entregues no último ano com assertividade passou de 21% para 7%. Por sua vez, o cumprimento do plano de educação corporativa cresceu em 6%. Mas, ainda é um índice preocupante visto que a taxa atual permanece na casa de 25%.

De acordo com a idealizadora do Trahentem® Flora Alves, um caminho para transformar este cenário é economizar tempo durante a construção de uma solução de aprendizagem sem deixar de lado a qualidade do trabalho por meio do uso de Canvas. Na prática, o recurso permite a visualização em 360º de toda a estrutura – o que favorece uma iniciativa sistematizada, encadeada e propositiva.

Outro benefício da ferramenta é a simplificação do processo criativo que acontece pela colaboração, pois a partir dos blocos presentes na tela em branco é possível que mais de um profissional participe da elaboração do projeto (até a alta liderança) e enriqueça-o com a pluralidade de ideias. Por este motivo, Flora implementou os Canvas no Trahentem®. Idealizada pela especialista, a ferramenta é uma espécie de guia para designers instrucionais experientes ou iniciantes na descoberta de uma trajetória ágil (e segura) na construção de uma solução de aprendizagem ao posicionar o ser humano no centro do processo.

Ao todo, são três Canvas utilizados de forma sequencial ou não com a utilização de post-its® sendo o primeiro deles o DI-Empatia. O material auxilia o diagnóstico ao conectar a análise organizacional com o entendimento do aprendiz. A intenção é promover um exercício de empatia a fim de garantir o bem-estar do colaborador enquanto os resultados esperados pela companhia são atingidos.

Em seguida, o DI-Tarefas facilita a construção de um objetivo específico capaz de nortear a curadoria do conteúdo a ser trabalhado na ação de educação corporativa. O instrumento também ajuda a detalhar o local em que a solução de aprendizagem será implantada e por consequência a decidir os métodos de entrega. Por fim, o DI-ROPES é aquele em que  o profissional consegue elaborar os módulos que serão utilizados na iniciativa delimitando tempo, espaço físico e recursos apropriados para o projeto.

“Muito se fala sobre a importância de assumir um olhar estratégico a fim de apoiar a alta liderança na tomada de decisões eficientes para o negócio. Contudo, para que este movimento flua é fundamental abrir-se para a inovação. Neste caso, a metodologia disruptiva contribui para a gestão de tempo do profissional de treinamento. Dessa maneira, a equipe pode reservar mais espaços na agenda para focar-se em questões que realmente importam para a empresa ou até mesmo detectar oportunidades de mercado. Reflita!”, pontua Flora.

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