Como desenhar um treinamento para desenvolver soft skills e hard skills

Muito se discute no mundo corporativo sobre as competências essenciais para um bom colaborador e atualmente os profissionais de RH e T&D sempre buscam por dois grupos de habilidades para desenvolver: soft skills e hard skills.

As soft skills são habilidades sócio comportamentais do profissional. Estão associadas às suas habilidades mentais e a capacidade de lidar com emoções (Inteligência Emocional – QE). Elas são mais difíceis de serem ensinadas e de serem medidas, por se tratarem do resultado de tudo o que o indivíduo vivenciou em seu meio psicossocial e podem estar mais ligadas a capacidade inata das pessoas. Alguns exemplos de soft skills que são apreciados no mercado em geral são comunicação interpessoal, persuasão, proatividade, resiliência, resolução de conflitos, liderança, confiança, criatividade, comunicação e organização. Já as hard skills são competências que podem ser aprendidas e facilmente quantificadas, elas são tangíveis. Se aprende hard skills na sala de aula, com livros, apostilas, até mesmo em treinamentos no trabalho sobre como operar uma máquina ou como realizar a confecção de uma planilha. 

É fato que tanto as hard skills quanto as soft skills podem ser desenvolvidas. Cabe ao departamento de Recursos Humanos da empresa adotar práticas com o objetivo de construir e fortalecer as aptidões técnicas e sociais, e diante deste cenário, a área de Treinamento & Desenvolvimento tem a chance de contribuir estrategicamente no desenvolvimento dos colaboradores. Confira algumas dicas para desenhar um treinamento com este foco:

Planejamento e mapeando habilidades: Para desenvolver hard skills e soft skills é preciso planejamento. É necessário analisar quais são as competências técnicas e pessoais que são necessárias em cada cargo na empresa. Isso deve levar em consideração as habilidades exigidas para cumprir as tarefas, o relacionamento interno e até mesmo a cultura organizacional. Alguns exemplos de hard e soft skills neste caso são: domínio de língua estrangeira; saber trabalhar em equipe e lidar com a diversidade; flexibilidade; habilidade com determinado software adotado na empresa – todas essas habilidades são necessárias dependendo do perfil da companhia. Esse mapeamento ajudará a definir o programa de aulas, seu conteúdo e a melhor abordagem para se comunicar com o público em questão. Analisar o contexto organizacional é igualmente importante nessa fase como que resultados a organização precisa atingir.

Posicione a iniciativa: começar a trabalhar com o desenvolvimento de soft skills, por exemplo, traz uma mudança interna. Neste caso, transformações têm receptividades diferentes entre as pessoas. Então, é fundamental esclarecer na organização a importância da iniciativa, mapear as competências emocionais dos funcionários que estão ausentes e reconhecê-las junto a eles a fim de alinhá-los a mudança. Entretanto, ainda terão aqueles indispostos a participar do projeto. A dica é não se preocupar porque ao perceberem os benefícios que o treinamento trouxe aos colegas, tendem a mudar de opinião. 

Conheça o perfil do funcionário: entrar em contato com os hábitos de uma pessoa requer tempo, porém, hoje há softwares que mapeiam o perfil comportamental com uma grande margem de acerto. Uma sugestão é implementá-los nos treinamentos para saber quais competências devem ser estimuladas. Testes também podem ser aplicados para mapearem as experiências técnicas.

Incentive a prática: uma das maiores dificuldades de uma pessoa é adaptar-se ou abrir mão de valores e características adquiridas ao longo de sua trajetória. Portanto, incentive ações práticas em grupo que explorem as habilidades que deseja ensinar. Este local colaborativo também deixará os aprendizes mais à vontade para a troca de informações. E, lembre-se: afaste os julgamentos, pois é um hábito que inibe a criatividade

Mantenha a motivação: ao longo do desenvolvimento das soft skills e hard skills é importante manter a equipe motivada. Dessa maneira, propagar o pensamento de que as habilidades emocionais e técnicas beneficiam tanto o lado profissional como o pessoal ajuda no engajamento.

Dê asas para os colaboradores voarem: é possível que o engajamento cresça a ponto dos funcionários terem o interesse em serem mais ativos na empresa. Portanto, dê asas para eles voarem como, por exemplo, abrir espaços para a apresentação de novas ideias. Essa atitude melhora a relação entre os colaboradores e gestores, o que estimula o desenvolvimento das soft skills (principalmente as de autonomia, união e liderança). Nos momentos críticos, a independência também é útil porque eles podem se reunir para pensar em soluções. 

Analise os resultados: para ter uma mudança efetiva é necessário mensurar os resultados. Existem muitas ferramentas para auxiliar nesta atividade, mas, medir em números simplifica o processo. Ou seja, defina metas de desempenho com base em comportamentos e as pontue. Não se esqueça de manter uma regularidade no feedback

Desenho o treinamento em si

Para desenhar qualquer treinamento, é preciso contar com a ajuda de uma ferramenta para auxiliar tanto no acompanhamento quanto no desenvolvimento de ações de uma equipe. Hoje o mercado conta com inúmeras soluções, como o Trahentem® que coloca o ser humano no centro do processo de aprendizagem e associa às estratégias da empresa com o desempenho desejado do colaborador. “O mundo mudou, os aprendizes mudaram. Não é mais tempo de design instrucional, é hora de criarmos um design de aprendizagem que facilite o processo, seja apetitoso, divertido e funcione.” finaliza Flora Alves, uma das maiores especialistas em aprendizagem corporativa do Brasil e idealizadora do Trahentem®.

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