O que você precisa saber sobre o Trahentem

Permanecer horas sentado em uma mesa de frente para o notebook sem ter a mínima ideia de onde começar ou do que produzir. Essa situação lhe parece familiar? Por conta da realidade do mercado de Treinamento & Desenvolvimento em que os briefings chegam incompletos, há falta de especificidade nos objetivos instrucionais e escassez de tempo, os profissionais que atuam nesta área encontram dificuldades para desenvolver uma solução de aprendizagem efetiva.  

Segundo informações divulgadas em um artigo publicado na Harvard Business Review em 2015, 75% dos executivos encontram-se insatisfeitos com os treinamentos corporativos das organizações em que trabalham. Já a 12ª edição do Panorama do Treinamento no Brasil identificou que no último ano apenas 20% das empresas estavam contentes com os resultados alcançados pelo segmento.

Diante deste cenário, a idealizadora do Trahentem®, Flora Alves defende que não existe uma rotina a favor da produção de um treinamento. Ou seja, é preciso adaptar-se as adversidades. Esta necessidade foi a responsável por contribuir com a criação do Trahentem®. “Trata-se de uma metodologia capaz de otimizar os processos de desenho de uma solução de aprendizagem ao se alinhar com o ritmo imposto pelo dia a dia”, afirma.

Na prática, o método auxilia designers instrucionais experientes ou iniciantes a descobrirem uma maneira ágil e segura para executar os processos de diagnóstico, seleção de conhecimentos e conteúdos sem deixar de posicionar o ser humano no centro – o que transforma o treinamento em uma atividade simples e atrativa para os colaboradores. Estes resultados acontecem por meio dos canvas DI-Empatia, DI-Tarefas e DI-ROPES em paralelo com o uso de post-its®.  

Acredito que após esta pequena introdução sobre o surgimento e os benefícios do Trahentem®, você esteja começando a ter afinidade com esta iniciativa. Então, te convido a conferir a lista abaixo do que você realmente precisa saber sobre a metodologia.

Flexível

Apesar de ser construído por três canvas, o Trahentem® não obriga o uso ordenado destes materiais. Portanto, caso o profissional tenha o objetivo de aprendizagem específico elaborado pode começar o método com o canvas número dois (DI-Tarefas) para definir as atividades que o aprendiz deve executar em relação ao objetivo de aprendizagem. Mas, se a área de T&D estiver ainda mais adiantada no processo e tem o conhecimento das atividades necessárias para o treinamento e por consequência sabe o nível de performance esperada do participante e os conteúdos que serão objeto da solução, o ideal é utilizar de forma imediata o canvas três (DI-ROPES). Esta última etapa possibilita o desenvolvimento de soluções centralizadas no aprendiz, a contemplação dos processos psicológicos de aprendizagem e o preparo para decidir questões como a distribuição de tempo para cada tarefa e os recursos necessários em cada momento do procedimento.

Colaborativo

A metodologia nasceu para ser colaborativa e inclusiva. Então, pode ser manuseada de forma física com pôsteres de canvas em conjunto com post-its® ou em uma plataforma virtual quando tem o envolvimento de uma equipe global que encontra-se em países diferentes. A proposta é colocar os participantes da construção da solução de aprendizagem no papel de protagonistas para que consigam contribuir e acompanhar o desenvolvimento do projeto.

Facilitador

O Trahentem® não se propõe a invalidar ou substituir os conhecimentos tradicionais do Design Instrucional. Na verdade, é uma ferramenta que agrega ao processo de internalizar e transferir os conteúdos para a prática. Afinal, muitos profissionais conhecem a teoria e tem um bloqueio para praticá-la.

 

Regras de Ouro

Por fim, Flora que também é autora do best-seller Design de Aprendizagem com uso de Canvas, separou as principais dicas para atingir o sucesso com o Trahentem®.

– Para alcançar resultados assertivos com a metodologia, é imprescindível ter empatia e colocar-se no lugar do outro. Ou seja, pense na informação que o aprendiz realmente precisa entrar em contato e não em conteúdos que você deseja apresentar no treinamento.

– A ferramenta visa ser uma espécie de “fábrica de ideias”, portanto, não pense demais ao utilizá-la. Saia da caixa e liberte-se dos filtros. Porém, ao finalizar os processos, analise para separar os insights coerentes daqueles sem relevância.

– Não escreva no canvas e sim nos post-its®. A vantagem dessa atitude é tornar o projeto flexível, colaborativo e móvel. Outro ponto a ser lembrado é o de inserir cada ideia em um post-it diferente.

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