Porque desenvolver competências a partir do olhar do outro

Pesquisas indicam que as soft skills estão cada vez mais conquistando espaço no ambiente corporativo. Segundo informações divulgadas pela consultoria de recrutamento norte-americana CareerBuilder, 77% dos executivos acredita que as chamadas habilidades comportamentais apresentam tanta importância nas empresas quanto as técnicas. E, não para por aí. 16% dos entrevistados prefere a capacidade de relacionar-se com pessoas do que o conhecimento formal de um candidato no momento de contratar um colaborador.

Com isso, o convido a prestar atenção em uma competência comportamental que nos últimos tempos sobressai-se em relação às demais: a empatia. Derivada do grego empatheia, a palavra significa paixão. Na prática, o conceito pode deixar de lado um pouco do tom poético para tornar-se complexo. Trata-se da arte de conseguir identificar-se de forma intelectual ou emocional com uma pessoa a ponto de colocar-se no lugar dela em diversas circunstâncias.

Ao trazer o conceito para dentro da companhia, é possível dizer que o exercício da empatia tem o poder de influenciar positivamente o negócio em uma espécie de efeito dominó. Em primeiro lugar, a atitude promove melhorias no relacionamento da equipe – o que gera um aumento no nível de satisfação organizacional e uma queda de turnover. Por consequência, acontece uma otimização da produtividade. A iniciativa também é uma ótima alternativa para fidelizar clientes, pois auxilia no desenvolvimento de produtos e serviços focados nas reais necessidades deles.

Já quando o assunto é o desenvolvimento de competências, ouso a dizer que a soft skill exerce o papel de base da educação corporativa. Afinal, a área surgiu com as intenções de levar conhecimento ao ser humano que está prestes a assumir novas responsabilidades e eliminar os GAPs de performance que costumam ser ocasionados pela ausência de determinadas informações. Neste caso, o ato de enxergar sobre o olhar do aprendiz durante o treinamento resulta em uma ação que supre as verdadeiras necessidades do funcionário no local de trabalho.

Além de proporcionar clareza a construção do objetivo de aprendizagem, o uso da empatia permite integrar insights valiosos no treinamento que provavelmente passariam despercebidos no cotidiano. Logo, o desenvolvimento de competências assertivo é aquele que exige uma visão estruturada do designer instrucional. Para alcançar o cenário educacional ideal, o profissional precisa entender o aprendiz de maneira empática com o intuito de decidir intencionalmente as melhores metodologias a serem utilizadas na ação.

Por fim, o grande desafio dos designers nas empresas é o de ir além do treinamento, pois ajudar a alta liderança a diferenciar o negócio no mercado é sinônimo de construir uma experiência de aprendizagem significativa com foco nos resultados esperados. Mas, por onde começar? O Canvas DI-Empatia presente no método ágil Trahentem é o braço direito daqueles que desejam dar os primeiros passos em soluções voltadas aos aprendizes. Ou seja,  não deixe de arriscar-se em novas metodologias!

Por Flora Alves, CLO da SG – Aprendizagem Corporativa, idealizadora do Trahentem® e uma das maiores especialistas de aprendizagem no Brasil.

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