Qual é o Papel do Facilitador em sala de aula?

A educação está passando por uma grande transformação. O aluno mudou, a sala de aula está mudando e os professores estão sentindo o chamado para acompanhar essa evolução e aprimorar seus métodos de ensino, abrindo mão de um perfil mais centralizador e único detentor do conhecimento para uma posição de facilitador que estimula a descentralização, o autoconhecimento, a escuta empática e outros atributos importantes.

É aqui que entra a importância do facilitador, que significa ser um hábil instrutor que atua como mediador entre aluno e conteúdo transmitindo, facilitando e construindo conhecimento junto com o aluno.

Apesar da conexão com o verbo facilitar, a palavra facilitador vem do latim “facere” que significa fazer. Portanto, o facilitador tem um papel de extrema importância, pois o seu “fazer” pode estimular ou impedir a aprendizagem do aluno. Diante disso, o seu maior objetivo é facilitar intervenções de aprendizagem centrado nos participantes e na performance deles de modo a possibilitar o aprendizado e a transferência.

O papel do facilitador é criar, cuidar e explorar espaços de reflexão e conversa a fim de extrair dos seus alunos o que eles têm de melhor a oferecer para a resolução de uma determinada questão (ou propósito). No processo da andragogia (arte ou ciência de orientar adultos a aprender), o facilitador reconhece o seu aluno como alguém repleto de experiências e culturas.

Em sala de aula, um facilitador deve aproveitar as experiências que os alunos contêm; propor situações que tenham ligação com o cotidiano dos alunos; justificar a utilidade e a necessidade de cada conhecimento para a vida dos alunos; e envolvê-los durante todo o processo de ensino, estimulando a participação deles. Afinal, dominar apenas a teoria não é o mais importante. O comportamento do instrutor, o seu “fazer docente” é o que determinará o sucesso de seu trabalho, ou seja, a aprendizagem efetiva.

“O facilitador estimula o participante a ser o protagonista do próprio caminho de aprendizagem. Ele não traz conhecimento pronto, mas ajuda a refletir ao fazer perguntas poderosas e ao oferecer experiências e dinâmicas com intenção. O foco dessa aprendizagem não é em repetir o conhecimento, mas em saber como usar e aplicar habilidades e atitudes”, explica Flora Alves, idealizadora da metodologia Trahentem® e CLO da SG – Aprendizagem Corporativa

Modelos de competências

É preciso acompanhar as mudanças ao mesmo tempo que desenvolvemos competências que nos permitam impactar positivamente o desenvolvimento e progresso de aprendizagem dos aprendizes. Em outras palavras, não basta saber como o adulto aprende, é preciso atuar de modo a favorecer o aprendizado do outro, ou seja, oratória, carisma e conhecimento não bastam.

Assim, por exemplo, é o modelo de formação IM – Instrutor Master, da SG Aprendizagem Corporativa, uma das formações que ajudam o profissional de T&D a tirar o foco de si mesmo durante uma sessão de aprendizagem e é capaz de colocar a luz sobre o aprendiz e atuar como um verdadeiro facilitador do processo de aprendizagem do outro.

O modelo de competências do IM é constituído de cinco competências essenciais que se evidenciam em cinco comportamentos observáveis cada uma. Cada uma das competências e respectivos comportamentos observáveis tem sua origem na forma como o adulto aprende e desempenha seu trabalho e por isso funciona tão bem quando colocada em prática. São elas:

Preparar-se – Planeja a sua sessão de treinamento de acordo com os objetivos estabelecidos, alocando tempo para exercícios e estabelecendo a relevância do aprendizado para o público de maneira sistemática, intencional e encadeada.

Criar um ambiente favorável a aprendizagem – Engajar os participantes no seu aprendizado utilizando a interação, a linguagem verbal e não verbal e valoriza as suas contribuições para que se sintam seguros para contribuir e aprender.

Facilitar o aprendizado – Mostra-se entusiasmado pelo tema de modo a gerar credibilidade e interesse e promove o aprendizado utilizando técnicas de facilitação adequadas para cada tipo de conhecimento, além de fazer uso de perguntas diversificadas.

Gerir desafios – Mantém o controle emocional frente a desafios trazidos pelos participantes e gere situações inesperadas demonstrando flexibilidade enquanto resolve os problemas que se apresentam preservando sua relação com os envolvidos.

Medir o progresso de aprendizagem – Verifica a aprendizagem do grupo de acordo com os objetivos estabelecidos para a sessão de treinamento e responde adequadamente ao feedback que o grupo lhe oferece.

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