Por que investir em processos psicológicos de aprendizagem?

Para contribuir com a aprendizagem de um adulto é preciso ir além dos entendimentos sobre estilos de internalizar dados, andragogia e heutagogia. Cada vez mais os profissionais de treinamento devem ser capazes de organizar de forma sistemática e intencional o conteúdo a ser adquirido pelos colaboradores. Diante deste cenário, o conhecimento sobre os processos psicológicos que envolvem a ação de aprender é um diferencial.

Segundo Flora Alves, idealizadora do Trahentem®  – metodologia ágil para a elaboração de soluções de aprendizagem, os sentidos são os responsáveis pela construção de mundo das pessoas. Ou seja, são os meios de processar todas as informações absorvidas (inclusive os conteúdos que se busca aprender). Porém, em um cotidiano de educação corporativa as soluções de aprendizagem costumam priorizar apenas um dos sentidos – o que reflete negativamente na receptividade e arquivamento dos dados recebidos.   

E, como é possível reverter a situação? A partir de uma ampla visão do funcionamento dos processos psicológicos de aprendizagem.

Desvendando a psicologia da aprendizagem

Existem dois tipos de memórias que auxiliam o ser humano a armazenar conteúdos. A Memória de Trabalho é aquela em que se aprende as informações, mas que são esquecidas em um futuro próximo. Por sua vez, a Memória a Longo Prazo se refere aos dados que permanecem na mente em um período ilimitado.

Para que os ensinamentos de um treinamento sejam internalizados à longo prazo pelo aprendiz, a primeira regra é ser atrativo. Neste sentido, o ideal é investir em soluções que se mostrem útil no ambiente de trabalho do funcionário porque os adultos prestam atenção somente nas temáticas convenientes a rotina. Outra sugestão fundamental é procurar gerar conexões entre os conhecimentos absorvidos e os que serão aprendidos.

Em seguida é necessário refletir sobre a gerência da área cognitiva do aprendiz. É do entendimento científico o fato de que a memória a curto prazo conta com espaços a serem preenchidos, mas, que se sobrecarregam com facilidade. Portanto, um caminho a ser tomado pelo designer instrucional é dividir as informações em pequenas partes e trabalhá-las em doses homeopáticas. Por fim, o foco na prática das habilidades adquiridas completam o ciclo psicológico da aprendizagem.

De acordo com Flora, uma ferramenta que sustenta esta  trajetória educativa é o modelo norte-americano de Review (Revisão), Overview (Visão Geral), Presentation (Apresentação), Exercise (Exercícios) e Summary (Sumário). Por este motivo, a especialista inseriu o conceito no método Trahentem®.

O Canvas DI-ROPES é um guia na construção dos módulos que constituirão a solução de aprendizagem. Ou seja, o uso do recurso possibilita uma ampla percepção dos conteúdos a serem produzidos – o que auxilia na tarefa de organizar as informações de maneira intencional.

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