Artigo original escrito por Elena Zarate
A emergência sanitária mundial levou a educação a se aventurar em um campo com muitas décadas, a educação se aventurou na virtualidade, um desafio para todos os seus protagonistas: alunos, pais e professores… resgatar as raízes da criatividade para dar continuidade educacional.
O meu caso não foi excepção, apesar de ser cientista informático de profissão e ao longo do tempo ter vindo a especializar-me na área da educação, encontrar o equilíbrio entre tecnologia e educação é um desafio, esse ponto de equilíbrio é desafiante e ao mesmo tempo tempo reconfortante quando alcançado…
A emergência de saúde me pegou de surpresa trabalhando para um projeto executado pela Fundação onde trabalho atualmente, a Fundação tinha planos de criar um espaço virtual de treinamento para seus beneficiários e assim ampliar suas horas de atendimento, este foi um processo pensado e solidamente construído , mas a questão de ficar sem comunicação com os beneficiários fez com que o processo agilizasse, e entrei em cena, onde contribuí com meus conhecimentos técnicos e educacionais, o que levou à plataforma que está disponível atualmente.
Mas a plataforma educacional, por si só, não ia alcançar o efeito esperado, então meus colegas e eu fomos formados em áreas diferentes, no meu caso foi na área de design instrucional, mas apesar da formação e experiências anteriores, houve algo que não deu certo e que permitiu um processo de aprendizagem ideal, estruturado e que colocou educadores e designers instrucionais em sintonia.
Foi só nos últimos 3 meses de 2020, que o presidente da Fundação partilhou connosco um tesouro, que se não o descobriram, já estão a demorar muito tempo, partilhou connosco o livro Learning Design com o Canvas Trahentem , foi como ver a luz no fim do túnel, muitas das coisas que aprendi se encaixavam perfeitamente na metodologia, bem como nas metodologias que estavam sendo implementadas dentro da Fundação.
Em meados de fevereiro, iniciamos o processo de encontros com professores de diferentes especialidades (ciências, línguas, matemática) e com experiência na rede pública de ensino do nosso país, o objetivo: “criar cursos de reforço educacional com abordagem STEAM”, para Nós nos guiaríamos com Trahentem e faríamos uma aplicação completa para atingir a meta estabelecida.
Foi uma experiência que me levou a me desafiar como profissional e também aos educadores, no caso deles era um campo completamente novo e que implicaria um esforço extra para realizar a tarefa; No meu caso, envolveu fazer alguns ajustes nos processos para converter o modelo em terminologia semelhante à utilizada pelos educadores, e ao mesmo tempo incorporar elementos como a abordagem STEAM, a Teoria da Carga Cognitiva (TCC) e a Teoria Cognitiva. Aprendizagem Multimídia (TCAM) para que a construção dos cursos se concretize.
No caso do DI-Tarefas, os ajustes realizados foram:
– As tarefas são consideradas as competências e habilidades que você deseja desenvolver nos alunos.
– O conhecimento está relacionado ao conteúdo que deve ser mediado pelo aluno, a fim de desenvolver a competência ou habilidade.
No caso do DI-Ropes, aplicamos linguagem educacional para entender a solução de aprendizagem, detalhando-se a seguir:
– Review: Ative o conhecimento prévio dos alunos
– Overview: Visão geral do conteúdo e apresentação dos objetivos aos alunos, sem esquecer a definição da metodologia ativa a ser aplicada no processo, sem informar diretamente ao aluno
– Presentation: Desenvolvimento dos conteúdos da disciplina, que desenvolvam a competência ou capacidade do aluno
– Exercise: Crie exercícios que permitam aos alunos aprender as competências ou habilidades, TCC e TCAM aplicados, para garantir que as informações da Memória de Trabalho passem pela Memória de Longo Prazo
– Summary: Destaque a ideia principal do que você deseja que o aluno não perca de vista a solução de aprendizagem apresentada
No caso do DI-Ropes, as tarefas, e não o conhecimento, são o que se torna o desenvolvimento do DI-Ropes.
Tudo isso resultou na criação de 5 cursos de reforço educacional com abordagem STEAM, que são públicos em nossa plataforma educacional e apoiam os processos educacionais de alunos e professores da rede pública e privada de ensino do nosso país.
Mas também permitiu formar educadores num ciclo de aprendizagem simples, prático e fácil de adaptar às suas realidades e, no meu caso pessoal, permite-me gerar ideias organizadas que respondam às necessidades das pessoas e, sobretudo, que concebam um experiencia de aprendizado.
Baixe o artigo original aqui.