Aceitar suas vulnerabilidades é ser empático com você mesmo e com os outros

Tenha em mente que ter empatia não é sinônimo de ter pena e não existe se não for além do “sinto muito”. Em uma relação de comunicação e confiança entre líderes e liderados, o bom senso e a compaixão devem ser evidentes. 

Sob a ótica do atual contexto, que é marcado pela pandemia, mais do que nunca é necessário compreender que há um cenário de vulnerabilidade. O momento difícil das pessoas precisa ser validado, respeitado e ser uma justificativa a mais para que líderes e gestores sejam empáticos em ação.

“Vivemos um momento de incerteza que nunca vivemos antes. Nele, a única certeza que temos é que quando tudo isso terminar, estaremos de volta a um novo mundo. Essa incerteza gera incerteza, medo e sentimentos que nos tiram da zona de conforto”, elucida Flora Alves, Sócia e CLO da SG, em apresentação à Faculdade Senai. 

Flora destaca que em panoramas como o atual as conexões ganham ainda mais força, já que são elas que promovem “propósito e significado às nossas vidas”. Nossa necessidade de aceitação e pertencimento pode nos prender a um único fator que não soe tão positivo mesmo quando na nossa balança, o lado cheio é aquele no qual estão os elogios e reconhecimentos. 

Diante do apego ao que não nos faz tão bem – que se fortalece no dia a dia pandêmico -, é primeiramente necessário que os gestores entendam que há pessoas com maior facilidade para administrar seus sentimentos, enquanto outras têm maior dificuldade para se sentirem pertencentes – e eles mesmos podem ser essas pessoas. Tão necessário quanto ter respeito pelas emoções do próximo é que os líderes e gestores aceitem e validem os seus próprios sentimentos ao invés de esforçadamente escondê-los em decorrência de sua posição. 

“As pessoas que têm coragem de ter compaixão consigo mesmas e aceitar suas imperfeições são aquelas que, por consequência, terão mais facilidade para ter compaixão e empatia por outras pessoas e estabelecer mais conexões. A vulnerabilidade causa medo, mas também é nela que nascem nossas principais potencialidades”, explica a CLO. Em um cenário onde os líderes são abertos para expor sua vulnerabilidade e criam um ambiente saudável de comunicação, os colaboradores se sentirão à vontade para compartilhar suas angústias.

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